Conscientização X contaminação

 

Todo ano produzimos mundialmente 50 milhões de toneladas anuais de lixo eletrônico e essa taxa cresce de 3ª a 4% ao ano, sendo que apenas 20% são reciclados e recebem uma destinação ambientalmente sustentável. Seguindo essa previsão, até 2025 produziremos cerca de 60 milhões de toneladas por ano.

E.miner, gerenciamento de resíduos eletrônicos, maior projeto de logística reversa do Brasil, tem a proposta de conscientizar os cidadãos sobre a importância de fazer uma limpeza das suas casas e juntar todos os eletroeletrônicos, pilhas e baterias portáteis para que sejam levadas até Pontos de Entrega Voluntárias (PEVs) para serem recicladas, estimulando a economia circular. A logística reversa consiste em recolher, desmontar e processar itens usados, peças e materiais de outros produtos com a finalidade de garantir a recuperação sustentável do meio ambiente.

“Também é preciso falar com as empresas e empreendedores sobre como a logística reversa pode trazer benefícios não só para o planeta como também para a economia”, explica Raphael Bastos, CEO da E.miner.

Se em todo o mundo a produção é grande, a parcela do Brasil é significativa. Estima-se que são gerados anualmente 2 milhões de toneladas de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos. Se não for tratado adequadamente, essa categoria de resíduos pode causar impactos negativos ao meio ambiente em razão do potencial de contaminação.

“De acordo com a ONU, a margem de lixo eletrônico que é descartado corretamente na América Latina é uma quantidade mínima. 3% é realmente um valor muito baixo. Imagine se você recebesse apenas 3% do seu salário? Ou se essa porcentagem representasse a quantidade de tempo que você pode aproveitar no seu dia? Tendo em mente o impacto que o descarte equivocado gera na natureza e até mesmo na saúde das pessoas, é necessário que essa situação seja tratada com urgência e seriedade. Nossa preocupação com o meio ambiente é tanta, que estamos dispostos a pagar para que o resíduo seja descartado da maneira devida”, ressalta Raphael.

Esse pagamento pelo lixo é feito junto aos recicladores, empresas e cooperativas. Em breve, também terão dois tipos de ecopontos: de entrega voluntária e de compra garantida, onde a pessoa é remunerada na hora pelo resíduo ou lixo eletrônico.

“A compra é feita nos recicladores, lojas que consertam: celulares; TV, computadores, e demais produtos eletroeletrônicos. Compramos também de empresas em geral. Recebemos doações e convertemos em Mix da Prodal, que é o Banco de Alimentos Ceasa Minas”, explica Paulo Sérgio do Vale, um dos idealizadores do projeto.

O projeto firmou parceria com a  Acolasa- Associação dos Condomínios de Lagoa Santa, em Minas Gerais, para instalação de Ecopontos. A ACOLASA é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, composta por 30 condomínios. Considerando, em média, três moradores por residência, são aproximadamente mais de 10 mil pessoas. Agora todos os 30 condomínios terão Ecopontos para que os moradores possam descartar os resíduos eletrônicos corretamente.

“A parceria com a ACOLASA será  para instalação dos Ecopontos para descarte dos eletroeletrônicos dos condôminos. O primeiro condomínio que vamos instalar o Ecoponto será o Bouganville. Todo material arrecado será convertido no Mix de alimentos da Prodal, na razão de a cada 1kg = 1 prato de comida”, explica Raphael Bastos.

O projeto da E.miner começou no Brasil em maio do ano passado, no Rio de Janeiro e em junho foi inaugurada operação em Belo Horizonte, Minas Gerais, numa visão nacional e, agora,  avança mundo afora. Um ano depois, o projeto inaugurou em maio de 2022, filial no Paraguai. A proposta é levar conscientização sobre o impacto negativo do descarte incorreto.

“Nosso progresso não pode parar. É por isso que, em breve, realizaremos o 1° Encontro de Recicladores do Brasil. Pequenos recicladores são grandes empreendedores e isso é a prova do impacto gerado na sociedade. A logística reversa é a solução socioambiental que nossa geração precisa. Vamos em busca de soluções ainda mais efetivas para fortalecer o progresso geral”, conclui Paulo Sérgio.

Para saber mais sobre o projeto no Instagram @e.mineroficial